Golpistas aprovam Reforma Trabalhista, sem alterações

"O que aconteceu envergonha a nação", diz Gleisi. "A cabeça dos senhores é escravocrata."

Escrito por: Redação CUT • Publicado em: 12/07/2017 - 10:54 Escrito por: Redação CUT Publicado em: 12/07/2017 - 10:54

Senado Federal Aécio e Jucá , representantes do capital, não dormem tranquilos porque sabem que essa reforma é um g

O plenário do Senado aprovou o projeto de lei (PLC 38) de "reforma" da legislação trabalhista. Foram 50 votos a favor e 26 contrários, com uma abstenção. A votação foi concluída por volta das 19h50, depois de mais de seis horas de sessão suspensa, devido a uma ocupação realizada por um grupo de senadoras da oposição. Conforme queria o governo, o texto foi aprovado sem mudanças.

A oposição ainda tentou aprovar algum destaque, para que o projeto voltasse à Câmara. Sem mudanças, o PLC 38 vai à sanção de Michel Temer. O governo diz que fará alterações via medida provisória. "Esta reforma é para diminuir a rede de proteção social e precarizar as condições de trabalho", disse Humberto Costa (PT-PE). "Este projeto não vai criar empregos, e sim subempregos", afirmou Telmário Mota (PTB-RR).

"Uma parte de mim morre hoje", disse Paulo Paim (PT-RS), que desde o início da discussão tentou um acordo para incluir alterações no texto. "Vesti a minha melhor roupa (hoje), como se fosse o dia da minha morte."

"Este é um dia muito triste para o Senado Federal", reagiu Renan Calheiros (PMDB-AL). "O Senado se submete, por várias razões, a fazer o desmonte do Estado social. Da noite para o dia", acrescentou o ex-líder do partido, para quem o projeto prejudica sobretudo os mais pobres. Do ponto de vista da representação política, este talvez seja o "pior momento" do Senado, disse Renan. "O que os senhores estão fazendo com o Brasil?", afirmou o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ). "O trabalho intermitente é uma nova forma de escravidão."

"O que aconteceu aqui envergonha a nação", afirmou Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, pouco depois de a sessão ser retomada. "A classe dominante deste país não tem projeto para o Brasil. Quando há crise na economia, vocês disputam verba do orçamento. Os senhores deviam se envergonhar do que estão fazendo. A cabeça dos senhores é escravocrata", acrescentou, dirigindo-se aos governistas.

"Nós tínhamos acabado com a fome neste país, os senhores fizeram voltar. Os senhores rasgaram a Constituição, tiraram a Dilma, fizeram uma emenda constitucional para retirar dinheiro das políticas sociais e agora estão tirando direitos", disse ainda a senadora, uma das parlamentares que permaneceram na mesa diretora desde a manhã desta terça-feira (11). "O que ganha uma pessoa com o Bolsa Família vocês gastam em um almoço."

"Esta reforma trabalhista não tem uma vírgula a favor do trabalhador", afirmou João Capiberipe (PSB-AP). "É uma reforma unilateral e é burra, porque é recessiva. A renda do trabalhador vai despencar. E nós aqui estamos surdos, não enxergamos o óbvio", afirmando que a queda da renda levará à diminuição do consumo e da arrecadação da própria Previdência. "Este Congresso brincou com a democracia. Não se sai da crise agradando só a um  lado."

Durante o dia, a oposição reafirmou a posição "insustentável" do presidente da República, denunciado pelo Ministério Público Federal. "O Michel Temer a um passo da guilhotina e o Senado insiste em manter a votação da reforma trabalhista", escreveu Paulo Paim (PT-RS) em rede social.

Título: Golpistas aprovam Reforma Trabalhista, sem alterações, Conteúdo: O plenário do Senado aprovou o projeto de lei (PLC 38) de reforma da legislação trabalhista. Foram 50 votos a favor e 26 contrários, com uma abstenção. A votação foi concluída por volta das 19h50, depois de mais de seis horas de sessão suspensa, devido a uma ocupação realizada por um grupo de senadoras da oposição. Conforme queria o governo, o texto foi aprovado sem mudanças. A oposição ainda tentou aprovar algum destaque, para que o projeto voltasse à Câmara. Sem mudanças, o PLC 38 vai à sanção de Michel Temer. O governo diz que fará alterações via medida provisória. Esta reforma é para diminuir a rede de proteção social e precarizar as condições de trabalho, disse Humberto Costa (PT-PE). Este projeto não vai criar empregos, e sim subempregos, afirmou Telmário Mota (PTB-RR). Uma parte de mim morre hoje, disse Paulo Paim (PT-RS), que desde o início da discussão tentou um acordo para incluir alterações no texto. Vesti a minha melhor roupa (hoje), como se fosse o dia da minha morte. Este é um dia muito triste para o Senado Federal, reagiu Renan Calheiros (PMDB-AL). O Senado se submete, por várias razões, a fazer o desmonte do Estado social. Da noite para o dia, acrescentou o ex-líder do partido, para quem o projeto prejudica sobretudo os mais pobres. Do ponto de vista da representação política, este talvez seja o pior momento do Senado, disse Renan. O que os senhores estão fazendo com o Brasil?, afirmou o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ). O trabalho intermitente é uma nova forma de escravidão. O que aconteceu aqui envergonha a nação, afirmou Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, pouco depois de a sessão ser retomada. A classe dominante deste país não tem projeto para o Brasil. Quando há crise na economia, vocês disputam verba do orçamento. Os senhores deviam se envergonhar do que estão fazendo. A cabeça dos senhores é escravocrata, acrescentou, dirigindo-se aos governistas. Nós tínhamos acabado com a fome neste país, os senhores fizeram voltar. Os senhores rasgaram a Constituição, tiraram a Dilma, fizeram uma emenda constitucional para retirar dinheiro das políticas sociais e agora estão tirando direitos, disse ainda a senadora, uma das parlamentares que permaneceram na mesa diretora desde a manhã desta terça-feira (11). O que ganha uma pessoa com o Bolsa Família vocês gastam em um almoço. Esta reforma trabalhista não tem uma vírgula a favor do trabalhador, afirmou João Capiberipe (PSB-AP). É uma reforma unilateral e é burra, porque é recessiva. A renda do trabalhador vai despencar. E nós aqui estamos surdos, não enxergamos o óbvio, afirmando que a queda da renda levará à diminuição do consumo e da arrecadação da própria Previdência. Este Congresso brincou com a democracia. Não se sai da crise agradando só a um  lado. Durante o dia, a oposição reafirmou a posição insustentável do presidente da República, denunciado pelo Ministério Público Federal. O Michel Temer a um passo da guilhotina e o Senado insiste em manter a votação da reforma trabalhista, escreveu Paulo Paim (PT-RS) em rede social.



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