Professores paulistas indicam nova paralisação para 5 de outubro e nacionalização da luta

'Vamos paralisar as escolas e vamos a Brasília, junto com as entidades nacionais de professores, contra as reformas do governo golpista', afirmou Bebel, presidenta da Apeoesp

Escrito por: Rede Brasil Atual • Publicado em: 23/09/2016 - 08:36 • Última modificação: 23/09/2016 - 08:41 Escrito por: Rede Brasil Atual Publicado em: 23/09/2016 - 08:36 Última modificação: 23/09/2016 - 08:41

Divulgação Bebel: 'Querem acabar com as disciplinas humanas. Não querem alunos que pensem, que divirjam'

Os professores paulistas anunciaram que vão engrossar o enfrentamento nacional da categoria contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo Michel Temer, por meio de medida provisória divulgada hoje. Eles também pretendem ampliar a adesão às mobilizações contra as propostas de congelamento nos orçamentos de saúde e educação e da reforma da Previdência.

"No próximo dia 5 vamos paralisar as escolas e vamos a Brasília, junto com as entidades nacionais de professores, contra as reformas do governo golpista", afirmou a presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

Para ela, a reforma do ensino médio nada mais é que um enxugamento da educação pública. "Querem acabar com as disciplinas humanas. Não querem alunos que pensem, que divirjam. Em 2000, o governo de Fernando Henrique Cardoso tentou reformar o ensino médio. E nós o impedimos com uma das maiores paralisações de professores da história. E vamos impedir de novo", afirmou.

Segundo a dirigente, os professores tiveram ampla adesão ao dia nacional de paralisação realizado hoje por várias categorias em todo o país. "E vamos continuar aderindo às campanhas definidas pelas centrais para confrontar os ataques desse governo biônico", afirmou.

No momento, está descartada a greve específica da categoria em São Paulo. "Mas vamos seguir debatendo nas escolas para construir um movimento forte contra o autoritarismo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que nega o diálogo e mantém os professores há 25 meses sem reajuste."

Mesmo assim, os professores mantêm as reivindicações apresentadas na assembleia anterior, em 26 de agosto. Eles reivindicam 16,6% de reajuste salarial, para repor a inflação dos últimos dois anos, a efetivação da meta 17 do Plano Estadual da Educação, que determina a equiparação salarial de todas as categorias com ensino superior e o fim do fechamento de salas de aula, entre outras pautas.

A assembleia também foi marcada por várias falas em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a denúncia feita pelo Ministério Público Federal aceita pelo juiz Sérgio Moro, na Operação Lava Jato. "Lula é o maior líder político brasileiro. Querem prendê-lo sem provas, como admitiram os procuradores. Isso é um absurdo. Querem eliminá-lo politicamente. Só quem pode julgar Lula são os trabalhadores", afirmou Bebel.

Título: Professores paulistas indicam nova paralisação para 5 de outubro e nacionalização da luta, Conteúdo: Os professores paulistas anunciaram que vão engrossar o enfrentamento nacional da categoria contra a reforma do ensino médio proposta pelo governo Michel Temer, por meio de medida provisória divulgada hoje. Eles também pretendem ampliar a adesão às mobilizações contra as propostas de congelamento nos orçamentos de saúde e educação e da reforma da Previdência. No próximo dia 5 vamos paralisar as escolas e vamos a Brasília, junto com as entidades nacionais de professores, contra as reformas do governo golpista, afirmou a presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel. Para ela, a reforma do ensino médio nada mais é que um enxugamento da educação pública. Querem acabar com as disciplinas humanas. Não querem alunos que pensem, que divirjam. Em 2000, o governo de Fernando Henrique Cardoso tentou reformar o ensino médio. E nós o impedimos com uma das maiores paralisações de professores da história. E vamos impedir de novo, afirmou. Segundo a dirigente, os professores tiveram ampla adesão ao dia nacional de paralisação realizado hoje por várias categorias em todo o país. E vamos continuar aderindo às campanhas definidas pelas centrais para confrontar os ataques desse governo biônico, afirmou. No momento, está descartada a greve específica da categoria em São Paulo. Mas vamos seguir debatendo nas escolas para construir um movimento forte contra o autoritarismo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que nega o diálogo e mantém os professores há 25 meses sem reajuste. Mesmo assim, os professores mantêm as reivindicações apresentadas na assembleia anterior, em 26 de agosto. Eles reivindicam 16,6% de reajuste salarial, para repor a inflação dos últimos dois anos, a efetivação da meta 17 do Plano Estadual da Educação, que determina a equiparação salarial de todas as categorias com ensino superior e o fim do fechamento de salas de aula, entre outras pautas. A assembleia também foi marcada por várias falas em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a denúncia feita pelo Ministério Público Federal aceita pelo juiz Sérgio Moro, na Operação Lava Jato. Lula é o maior líder político brasileiro. Querem prendê-lo sem provas, como admitiram os procuradores. Isso é um absurdo. Querem eliminá-lo politicamente. Só quem pode julgar Lula são os trabalhadores, afirmou Bebel.



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